Dia de Nossa Senhora das Dores & Dia Internacional da Democracia
Uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência em algum momento da sua vida. Nos últimos anos, aumentou a consciência sobre o sofrimento pelo qual as mulheres passam em muitas regiões do planeta, nas quais são abertamente descriminadas e agredidas. Não haverá democracia enquanto as mulheres continuarem a sofrer abusos impunemente.
Só, quando a participação for igualitária entre homens e mulheres em todos os aspectos da vida humana, onde a principal preocupação dos seres seja o compartilhar e não o dominar. Certamente se traduzirá numa forma de viver mais justa e democrática.
Poema
Anda, Luísa. Luísa sobeSobe que sobe, sobe a calçada.Na manhã débilsem alvoradaSalta da cama desembestadapuxa da filha,dá-lhe a mamada,Veste-se à pressa desengonçadarange o soalhoa cada passada,salta para a rua,corre açudadagalga o passeio,desce a calçada,chega ao trabalho à hora marcadapuxa que puxa, larga que largatoca a sinetana hora aprazada,corre à cantinavolta à toada,puxa que puxa, larga que largaRegressa a casa é já noite fechadaLuísa arqueja pela calçadaAnda, Luísa, Luísa, sobe,Sobe que sobe, sobe a calçadaAnda, Luísa, Luísa, sobeSobe que sobe, sobe a calçadaAntónio Gedeão
Este poema é dedicado a todas as mulheres, que ganham o pão com o suor do seu rosto. Aquelas que não vivem ao abrigo das grandes instituições, e dos bens materiais. Este poema é dedicado à pessoa insegura, que sabe que para progredir não pode contar só com com a sua vontade e empenho mas também com a boa vontade e benevolencia dos outros. Este poema também é dedicado aquelas que acertam e desacertam, e sabem que a valentia do pássaro nada pode frente à força do gato.
Ó Mãe das Dores, Rainha dos mártires que chorastes o vosso filho mortoInclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz. Por piedade, ó advogada dos pecadores. Não deixeis de amparar a minha alma na aflição.
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