Gosto mais do livro convencional, mas o fascínio pelas novas tecnologias levam-nos a fazer outras opções.
Li a síntese e fiquei com vontade de ler o livro.
O autor de O ASSASSINATO DE CRISTO Wilhelm Reich, nasceu a 24 de Março de 1897 no Império Austro-Húngaro. Em 1918 matriculou-se na Faculdade de Medicina de Viena, orientando o essencial dos seus estudos para a Biologia, a Sexologia e as teorias de Freud. Wilhelm Reich é preso em 12 de Março de 1957. A 3 de Novembro uma crise cardíaca vitima-o na penitenciaria. Incompreendido à esquerda e amaldiçoado à direita é libertado da poeira do tempo pela juventude européia e americana.
Reich, apresenta-nos Jesus Cristo como um homem simples e directo, espirituoso mas não vaidoso, irradiante de amor e de contacto mas não intrometido ou pegajoso. Segundo ele, naquela época, a grandeza do pensamento de Jesus não era compreendida nem por aqueles que o seguiam de muito perto.
Ontem como hoje, Cristo está totalmente deslocado em qualquer lugar entre os homens couraçados, embora Ele continue a ser a sua esperança, a própria essência de todos os seus sonhos de um futuro melhor.
O Amor da Vida foi abandonado. Não se ouve mais nenhum «Hossana» quando a multidão escolhe Barrabás. Cristo apercebe-se, pela primeira vez, do abismo que o separa dos seus compatriotas e da sua época. Os seus amigos eram amigos enquanto podiam esperar alguma coisa dele:vibração, conforto, paz, alegria, inspiração. Mas quando a peste emocional uiva em torno dele, eles vão-se. Cristo não os detesta, não os despreza. Ele dá-se simplesmente conta da situação e guarda um silêncio solene. Cristo é envolvido por uma aura de silêncio exterior e de luz e paz interiores, que o protege. Nada o toca ou pode tocar. Ele transcende o estúpido espectáculo que se desenrola. ..
Da sensação de chama silenciosa, quente, interior, face do perigo e à fealdade dos acontecimentos e dos actos, nascerá o amor da espiritualidade e uma opinião desfavorável do valor relativo do corpo. Ó espírito é capaz de dominar o corpo porque Cristo pode guardar silêncio, porque pode assumir com calma é dignidade esse sofrimento que lhe inflige a baixeza pestilenta dos homens, Ele continuará a viver no silêncio das grandes catedrais, dos calmos mosteiros; ele vibrará de exuberância e de alegria nas manifestações mais puras da Vida, como a música de Bach, a «Ave Maria»ou o «Hino à Alegria» da Nona Sinfonia de Beethoven. A receptividade do homem a essa chama silenciosa e quente, no fundo de si mesmo, a despeito dos actos infames e imundos de homens que perderam as suas vidas, será a atitude espiritual básica quando a esperança e a fé tomarem conta do coração. Ela estará presente quando a mãe lançar o primeiro olhar ao seu recém-nascido. Ela estará presente quando o amante esperar calmamente o momento de fundir-se com o corpo da mulher amada. Ela estará presente quando Curie perceber pela primeira vez a luz do rádio, quando o descobridor da Energia Vital vir, pela primeira vez, minúsculas partículas de rocha moverem-se em lentas ondulações. Essa chama silenciosa não grita «Hossana nas Alturas», nem «Heil mein Führer»,nem «Red Front», nem nada dessas coisas parvas que a peste faz. Ela contenta-se em brilhar no silêncio do conhecimento, do sentir da Vida. Pouco importa se lhe chamam fé, crença, confiança, tolerância ou poder da alma. É essa força natural da Vida viva que dá origem a todas as ideias humanas de virtude. Elas nada têm a ver com o que actualmente se designa por «ética». Consegue imaginar um veado a disparar contra o seu filhote ou a torturar outro veado? Bem, compare os sentimentos que inspira o veado numa pradaria, calmo e majestoso, aos primeiros raios do Sol nascente, com a imagem de «o grande pai de todos os povos» carregado pela multidão, que grita «abaixo» ou «viva», e terá essência da serena luz interior da Vida que se opõe à peste devastadora..
Excertos do livro
Depois de ler o livro, o meu amor por Jesus Cristo aumentou ainda mais.
Enquanto permanecermos alheios à nossa condição divina, Jesus Cristo continuará preso para nós.
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