No Coração de Maria

    

Corre caminhos

Através duma janela, as estações a passar, numa manta de retalhos, vi uma mulher morar
Por tanto uso lhe dar, de tanto por lá passar, a mulher ficava triste, por ver a manta a desgastar
Gostava de a espreitar, quando ela, andava pela manta a passear, saboreando a vida sem nunca desanimar. Um dia, apercebi-me que a tristeza andava pela manta a vaguear, mas ela fechou os olhos não a querendo enxergar. Outro dia, estava eu a dormitar, senti a boca azedar, acordei sobressaltada, a manta estava a rasgar. Senti pena dela, quando a vi soluçar, chamando por alguém, talvez um anjo Divino, para lha vir concertar. Um fim de tarde, depois do sol acalmar, andando a passear, achei-a muito estranha, reparei que não estava a remendar. Para confirmar, cheguei-me ao canto da manta, espreitei, tive certeza, ela estava a inventar, umas asas para voar. Alegre a cantar, tudo andava arranjar, só lhe faltava um destino, para depois abalar. Pela primeira vez, não podia sossegar, p`rá frente e p`ra trás, fui-me fazendo notar, que me levasse com ela, tive que implorar. O Espírito Divino que a andava a guardar, não gostou da ideia, resolveu trocar-lhe as voltas, mandou-a a outro lugar. Ao anoitecer, de mãos dadas, lá fomos, por entre as nuvens, voando por terra e mar. Ao amanhecer, aterramos num lugar, com energia bem forte, sentimos ao respirar. Próximo a nós, três pombas se vieram poisar, dizendo: O Espírito do Senhor, presente em todo lugar, mandou-nos dar-vos as boas vindas, que vos viéssemos saudar.

CLAUDE DEBUSSY: CLAIRE DE LUNE

 

Domingo de Pentecostes

Vem Espírito Divino
 Em meu coração arder
Trazer paz à minha vida
Alegria ao meu viver

Flores do campo

 Cobrindo montes e vales
Com o seu manto
Olha bem as flores do campo
Repara no seu encanto
Como ficam lindas em qualquer recanto

A prece do Sagrado Coração

Já fazia parte da sua rotina, todos os dias procurar, a mensagem que o escritor costumava publicar.

Naquele dia a mensagem veio-lhe recordar” A prece do Sagrado Coração” que noutros tempos tinha por costume rezar. “Sagrado coração de Jesus, tenho confiança em vós”. Sabia ser essa a prece que a Santa polaca repetia sem cessar até que o próprio Jesus Cristo lhe apareceu resplandecente de luz para a santificar. A mulher gostou tanto da mensagem, que escreveu a prece na palma da mão, para durante o dia recordar.

As letras, em azul forte não foram fáceis de apagar e ao fim do dia, sem se lembrar, apresentou a mão escrita para comungar. Ao dar acção de graças, o pensamento começou-a a incomodar, dizendo. Não é normal dar a mão escrita para comungar. O que vai o sacerdote pensar. Acho que te devias justificar.

Desde esse dia, o Sagrado Coração como à Santa polaca se veio a revelar, a imagem luminosa em fundo preto com um sorriso no olhar,  o pensamento lhe tem vindo visitar, ........ , …….. se te quiseres salvar.

Filomena Magalhães

Dia da Mãe