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quarta-feira, dezembro 14

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa.


Ficar/saborear/ver/sentir

O borbulhar do mundo.

E Sentir que Deus
De quem preciso
A quem procuro
A quem espero, também sinto aqui.

E fala comigo através
Do ruido do televisor
E no olhar dos que vendem
Sonhos e trapos.

E Deus de quem preciso
Que procuro
A quem espero
E sinto aqui

Chama-me, pela noticia trágica do jornal
No olhar do poster que não sei quem é
Na publicidade presa por todo lado

E é Deus quem preciso
Quem procuro,
Que sinto aqui

Ao olhar a revista preferida
Lembrar, um marco importante
Pensar em deixar
O que não dignifica.

E Deus fala-nos grande
Nas coisas pequenas

E esse Deus que procuro
A quem espero
De quem preciso
Chama por mim, chama por ti.

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