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domingo, julho 24

A Bem-Aventurança do Amor Verdadeiro

As grandes religiões, embora prestem homenagem ao amor romântico e, em muitos casos o considerem uma dádiva sagrada, também sentem que este pode ser aprofundado e amadurecer imenso.

Para elas o amor romântico, é apenas um reflexo imaturo de um amor infinitamente maior, mais puro e profundo. Apesar das divergências quanto aos pormenores, o Islão e o Cristianismo consideram o amor essencial à salvação. O Budismo dá mais valor à sabedoria considerando a ignorância como um pecado e a fonte de todos os males.

A ideia do amor deixou uma marca no desenvolvimento de todos os aspectos da cultura humana e ao longo da historia da humanidade, houve sempre quem argumenta-se que ele é a força mais poderosa do universo.


No centro da tradição judaica, residem os dois seguintes mandamentos: «Ama a Deus com todo o coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» e «ama o teu próximo como a ti mesmo». Jesus concordou que «não existem mandamentos mais grandiosos do que estes» e rogou-nos: «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei». Para Jesus, o verdadeiro amor não excluía ninguém e o desafio que Ele nos lançou foi que amássemos até os nossos inimigos.

Ninguém viveu mais de acordo com as suas próprias palavras. Enquanto agonizava numa cruz à espera da morte, perante a troça dos seus carrascos e o escárnio de uma multidão hostil, proferiu uma oração por todos eles:« Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem».

No Hinduísmo, Gandhi acrescentou ao mandamento que diz «ama o teu próximo como a ti mesmo» a frase «e todos os seres vivos são teus próximos».
Tal como a mãe vigia o seu filho, disposta a arriscar a própria vida para o proteger, também nós, com um coração infinito deveríamos estimar todos os seres vivos.

O melhor, dizem sábios e profetas, é que esse amor ilimitado já se encontra dentro de nós, oculto por pequenas barreiras como o medo e a ira mas, ainda assim, ansioso por preencher os nossos corações e nos inundar de alegria.

Não admira que tantos santos tenham louvado o amor como a mais importante de todas as capacidades humanas. S. Paulo cantou os seus louvores em alguns dos versos mais poéticos da Sagrada Escritura.

Ainda que eu fale as línguas dos mortais e dos anjos, se não tiver amor, serei um gongo barulhento ou um címbalo estridente.
E ainda que tenha poderes proféticos compreenda todos os mistérios e tudo saiba, ainda que tenha toda a fé necessária para mover uma montanha, se não tiver amor não sou nada...

Wang Yang afirma: Todas as coisas, desde o governante, ao sacerdote, ao marido, à mulher e aos amigos, desde as montanhas, aos rios, aos seres espirituais, aos pássaros e às plantas, devem ser verdadeiramente amadas, para que eu possa consumar a minha humanidade, que forma um corpo único com todos eles e então, o meu carácter manifestar-se-á completamente e formarei realmente um corpo único com Deus, a terra e as miríades.

Fonte: Essencial da Espiritualidade.

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